segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Seminário Edificando na Palavra Por Davi Silva

Seminário Edificando na Palavra
Por Davi Silva

Sabendo da necessidade das pequenas igrejas brasileiras, estabelecemos ações estratégicas ousadas para edificação e crescimento das mesmas por meio de estudos bíblicos, palestras, cursos e aconselhamentos. O Seminário Edificando na Palavra se propõe a colaborar com cada igreja, ministrando a palavra de Deus de maneira cativante e edificante. O Pr. Davi Silva tem sido impulsionado pelo Espírito Santo a levar Sua palavra de maneira itinerante a todo o Brasil sem, contudo, desvincular-se de sua igreja base que é a Assembléia de Deus no Estado do Rio de Janeiro. O Seminário Edificando na Palavra trabalha sem fins lucrativos e tem como principal missão equipar os crentes com ferramentas de ensino fundamentadas na palavra de Deus. O Seminário Edificando na Palavra trabalha de forma integrada oferecendo cursos, seminários, palestras, pregações e estudos bíblicos aos líderes, pregadores e aos membros da igreja em geral. Os mais conhecidos são: 


Seminário Edificando na Palavra para JOVENS;
Seminário Edificando na Palavra para LIDERES;
Seminário Edificando na Palavra para PREGADORES INICIANTES;
Seminário Edificando na Palavra de BATALHA ESPIRITUAL;
Seminário Edificando na Palavra de ESCATOLOGIA.


Seminário Edificando na Palavra de ESCATOLOGIA
A Bíblia é o único livro em todo mundo credenciado por Deus a revelar os acontecimentos futuros, exatamente porque se trata de um livro escrito sob a inspiração divina do Espírito Santo e somente Deus tem domínio completo e conhecimento de todo o futuro, incluindo a eternidade. Os tópicos abordados nesse estudo são: O Arrebatamento a Igreja; O Tribunal de Cristo; As Bodas do Cordeiro; A Grande Tribulação; A volta de Cristo em Glória; O milênio; O Juízo Final.

Davi Silva é casado com Tatiana e pai de Ana Cecilia; Serve como pastor no Estado do Rio de Janeiro; Membro da CGADB; Bacharel e Professor de Teologia, Palestrante, Conferencista, Comunicador de Rádio. 

Contatos:
Instagram: @pastor_davisilvaoliveira

YouTube https://www.youtube.com/channel/UC16VuKttU_oV5pDKoMI1sGA


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Um Cristão Pode Comemorar o Natal?

Final de ano vai chegando e meu email dispara com essa pergunta:

“Pr. Davi, um cristão pode comemorar o Natal?”

Tenho recebido muitas perguntas e contestações a respeito do Natal. Por exemplo: "Deve o cristão ou não participar de festas natalinas, comemorar o ano novo, apresentar crianças, realizar formaturas, entre outras questões?". Tenho analisado os mais diversos temas e achei por bem abordar esse assunto de maneira simples e equilibrada. 

PARABÉNS JESUS!
Comemoramos com alegria o nascimento de pessoas queridas e nos confraternizamos em seus aniversários. Portanto, entendemos ser válido e de muita gratidão nos regozijarmos também pelo nascimento de Jesus e lembrarmos desse acontecimento ímpar da história da humanidade com alegria. Outros, porém, entendem tratar-se de uma festa oriunda do paganismo, não cristã. De antemão, quero deixar bem claro que não irei apresentar objeções contrárias aos grupos cristãos que não participam de comemorações natalinas. Respeito essa opinião, já que entendo tratar-se de uma questão secundária. O mais importante para mim é nos mantermos na fé em Jesus Cristo respeitando a maneira amorosa de cada comunidade cristã prestar gratidão pela a vinda do Filho de Deus à terra.

Dia 25 de dezembro?

A palavra Natal vem do latim natale, relativo ao nascimento. O natal é uma celebração do nascimento de Cristo, atualmente observado no dia 25 de dezembro. Em Roma, desde o ano de 336 d.C. essa data foi escolhida como o dia da celebração do nascimento de Cristo. Há certa incerteza sobre quando e porquê essa data foi escolhida. Nas páginas do Novo Testamento não há informe que nos ajude a determinar o tempo certo, embora os pastores e seus rebanhos no campo, à noite, não falam sobre o período do inverno. Historicamente falando, parece não ter havido interesse, entre os primeiros cristãos pela celebração do nascimento de Cristo, através de alguma data separada com alguma finalidade, embora, desde o começo, a sua ressurreição tenha sido celebrada semanalmente, ou seja, a cada primeiro dia da semana, que atualmente denominamos Domingo. A primeira evidência histórica de que disponho para celebração do nascimento de Cristo nos chega da época de Hipólito, bispo de Roma, na primeira metade do século III d.C. A princípio ele escolheu a data de 2 de Janeiro como o dia dessa celebração. Outros escolheram datas como 20 de Maio, 18 ou 19 de Abril, e 25 ou 28 de Março. Antes disso, por algum tempo, 06 de janeiro fora observado como a data do 'nascimento espiritual de Cristo', ou seja, como a data em que Ele foi batizado por João Batista. Mas alguns também observam essa data como aquela que assinalava o nascimento físico. O mundo pagão celebrava a festa de Dionísio nesse dia, uma celebração associada à duração maior dos dias. A noite de 05 para 06 de Janeiro era devotada à festa do nascimento de Cristo, e o dia 06 de janeiro era devotada à celebração de seu batismo, e, entre os anos de 325 a 354 d.C., a festa do Natal foi transferida para o dia 25 de Dezembro. Alguns supõem que foi o imperador Constantino quem estabeleceu o dia do Natal a 25 de dezembro, para substituir a festa pagã em honra ao sol. Nesse caso, o SOL tomou o lugar do sol, o que se reveste de certa lógica, porquanto Ele é a Luz do mundo espiritual. Poderiam escolher outra data qualquer, mas a escolha recaiu sobre o dia 25 de dezembro, que era uma ocasião já consagrada no calendário do império Romano pela grande festividade do Natal do sol invicto. A festividade do Natal do sol invicto era celebrado pelos adoradores do sol (normalmente identificado como Mitra ). O mítraísmo era um culto que possuía algumas semelhanças com o cristianismo e, paradoxalmente, intransponíveis diferenças. Era uma religião de mistério, que concorreu intensamente com o cristianismo e entrou em conflito com essa religião e, finalmente, venceu. A escolha do dia 25 de dezembro como data do nascimento de Jesus ofuscou as festividades do Natal do sol invicto dos pagãos e consagrou o dia do nascimento do verdadeiro Sol da Justiça, que para os cristãos é Cristo. Dessa maneira, os cristãos daquela época cristianizaram um dia festivo do calendário romano, argumentando que Jesus é a luz verdadeira. Pois o próprio Senhor Jesus disse, em João 8.12, que é a luz do mundo. Foi uma maneira que esses cristãos acharam de considerar o feriado romano e trocar o objeto de culto, já que não tinham uma data específica. Com isso, destruíram o culto pagão, condenando-o ao desaparecimento. Para que possamos compreender bem a questão, apresento o seguinte exemplo: o carnaval no Brasil é comemorado em fevereiro. Imagine se os crentes brasileiros conseguissem ganhar as pessoas para a fé em Jesus e, ao invés de festejarem o carnaval, esse período fosse dedicado ao Senhor Jesus. Neste caso, o feriado carnavalesco seria mantido no calendário oficial do Brasil, mas essa data seria dedicada ao culto e aos louvores ao Filho de Deus. Aliás, nessa data, muitas igrejas evangélicas realizam reuniões, retiros espirituais e cultos. 

Guardando as devidas proporções, foi algo parecido com esse exemplo que ocorreu com a Celebração do Natal. Ou seja, caso isso acontecesse, de o feriado do carnaval passar a ser dedicado ao Senhor Jesus, seria falso dizer que sua origem era pagã. Embora a maioria dos cristãos celebra o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro, nem todos consideram essa data, mas isso não é a data em si, mas o acontecimento: Jesus nasceu! Os ortodoxos comemoram o Natal no dia 06 de janeiro e os armênios, no dia 19 do mesmo mês. Biblicamente, dois fatos importantes demonstram que o nascimento de Cristo não se deu em nenhuma dessas datas. O contexto de Lucas, por exemplo, revela que o nascimento do Messias ocorreu em um verão: o recenseamento determinado por César Augusto (Lc 2.1,2) e os pastores no campo durante a noite (Lc 2.9). O deslocamento de grandes grupos de pessoas de um local para outro não era algo apropriado no inverno e muito menos era típico dos pastores apascentarem suas ovelhas no relevo nessa época do ano. Grande parte dos cristãos evangélicos comemora o acontecimento, e não o dia em si, pois para eles todos os dias são Natal. Como já falamos, muitas igrejas cristãs não comemoram o Natal, outras defendem a abstinência de qualquer celebração (por exemplo, aniversários, casamentos, apresentação de crianças, ano Novo etc. ). E respeito a posição adotada pelas diferentes denominações, como também respeito a posição das igrejas que adotam as celebrações. O apóstolo Paulo, escrevendo aos irmãos de Colossos, declara: “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, pelo beber, ou por causa dos dias de festas, ou da lua nova, ou dos sábados” ( Cl 2.16). E vai mais além: “E quando fizerdes por palavras ou por obras fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças Deus Pai” (Cl 3.17). 




AS ÁRVORES DE NATAL 
As fogueiras de Natal são um costume tomado por empréstimo dos escandinavos, que costumavam acender imensas fogueiras em honra ao sol. O uso das árvores de Natal originou-se nos costumes das tribos celtas e teutônicas que honravam as sempre-vivas, quando do solstício de inverno, em suas festas que celebravam a vida eterna. Nos países de inverno rigoroso, somente as sempre-vivas não perdem as folhas no inverno, o que explica o simbolismo da árvore de Natal. Portanto, essas árvores eram adoradas entre aqueles povos como uma promessa do retorno do sol. Alguns supõem que a coroa de espinho de Cristo foi feita com um ramo de sempre-viva. As coroas de Natal, por sua vez, tiveram origem por analogia com a coroa de espinhos. A tradição da árvore de Natal diz que isso veio de um ato de Martinho Lutero – ao passar por um bosque, ele teria observado a beleza das estrelas, que rebrilhavam por entre os ramos de pinheiro. Então, ao chegar em casa, procurou duplicar essa beleza acendendo velas entre ramos de sempre-viva. 

Seja como for, em alguns lugares, a sempre-viva tornou-se um símbolo da vida eterna que há em Jesus Cristo. 



PAPAI NOEL 
O gordo, bonachão e barbado Papai-Noel deriva-se de São Nicolau, do século IV d.C. bispo na Ásia menor. Nicolau era, na realidade, um homem de aparência bastante austera, embora com reputação de homem que fazia o bem e era generoso. E essa foi a parte de seu caráter que inspirou o costume de distribuir presentes e brinquedos na época natalina. Detalhes como as gorduras, a espontaneidade, a alegria, etc., podem ser atribuídos à história criada pelo escritor norte americano Washington Irving, ou à narrativa de Clement Moore, Visit From St. Nicholas (1822), que começa com a famosa linha: “era a véspera de Natal”. A imagem do Papai-Noel em um traje com abas de couro, a guiar o seu trenó na neve, imaginação do povo americano, nos desenhos do cartunista Nomas Nast, em 1863. Depois disso, o Natal tornou-se uma festividade jubilosa para as crianças que chegavam a ouvir os guizos do trenó do Papai-Noel a bimbalhar, enquanto esperavam o momento certo para abrirem seus pacotes de presente, quase sem dormir durante a noite inteira. Seus pais, entretanto, insistiam em dizer-lhe que o centro da festa era Jesus. Só não podemos duvidar de que o idoso Nicolau estava com a razão em mostrar-se generoso, distribuindo presentes. 



CARTÕES DE NATAL 
Acredita-se que o primeiro cartão de Natal foi confeccionado na Inglaterra em 1843 por um artista chamado John C. Horsley para um amigo, Sír Henry Colo. Neste cartão estava desenhada uma família e as palavras A" Merry Christimas and a Happy New Year to You". Esta prática difundiu-se rapidamente por toda a Inglaterra e países de língua de inglesa depois chegando ao resto do mundo. 





PRESÉPIO 
A reprodução do cenário onde Cristo nasceu é um dos símbolos mais comuns do Natal nos países católicos: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o menino Jesus. Esse costume surgiu com São Francisco, que então, celebrou uma missa em frente desse arranjo, inspirando devoção a todos que o assistiam. Entre a maioria das igrejas evangélicas não há esse costume, visto que o uso de imagens de personagens bíblicos é quase sempre associado á idolatria. 



TROCA DE PRESENTES 

Um dos costumes mais antigos associados ao Natal tem sua origem pré-cristã, nos hábitos romanos. Posteriormente, as tribos germânicas da Europa, ao se converterem ao cristianismo, passaram a comemorar o Natal dessa maneira. Existem outras explicações sobre essa prática. Uma tradição mais antiga lembra os três reis magos, que entregaram dádivas a Jesus.




CONCLUSÃO 

O evangelho é o mesmo. Mas as figuras que retratam a abrangência do poder de Cristo se contextualizam. Os tempos mudam, os costumes também, mas a palavra de Deus não. Os referenciais de costumes e éticas têm variações através dos séculos. Mas, quanto ao evangelho, a salvação continua tendo a mesma base: Jesus Cristo. O louvor harmonioso dos anjos continua ecoando em nossos dias: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: pois na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor, Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lc 2,10,11,14 ).

Portanto não há problemas se você comemora ou não o Natal, pois o mais importante não é o que fazemos, mas o que Ele fez: Ele nasceu! Gloria pois e Ele. Amém.


Davi Silva é casado com Tatiana e pai de Ana Cecilia; Serve como pastor no Estado do Rio de Janeiro; Membro da CGADB; Bacharel e Professor de Teologia, Palestrante, Conferencista, Comunicador de Rádio. 

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